C R I S  &  J O A Q U I M

Fase gestacional: ansiedade

Tivemos uma gravidez planejada. Doze anos de namoro e mais três de casados. Já estava na hora. 

A gravidez correu bem, não tive nenhum enjoo ou dor de cabeça, mas contei com uma diabetes gestacional a qual foi controlada. Mesmo assim não pude satisfazer meus "desejos" de comer bobeira.

Digo que a gravidez correu bem, não "extraordinariamente" bem pois tivemos o episódio Zika vírus, que me assustou bastante e me impediu de sair tranquilamente de casa (ou sair de casa sem passar um kilo de repelente).

Por mais que tenha ocorrido tudo bem, fiquei muito ansiosa na gravidez.

Fase nascimento: prematuro

Joaquim resolveu se apressar um pouquinho e a bolsa estourou com 35 semanas e 5 dias.

Corremos para o hospital e ele nasceu em uma cesária de 4 minutos. 

Assim que ele nasceu, dei um beijo gostoso nele. Em seguida, foi encaminhado para os procedimentos de praxe. 

Como ele foi prematuro, teve um pouco de dificuldade para respirar e foi encaminhado para a UTI.

No seu primeiro dia de UTI, precisou de ajuda para respirar, a qual foi superada no segundo dia. Porém, devido à minha diabetes, ele apresentou hipoglicemia e permaneceu mais 3 dias na UTI para receber soro glicosado até que a sua glicose atingisse o nível aceitável. 

Se eu tive a primeira foto ou vídeo da nossa amamentação ou do primeiro arrotinho, cocozinho?

Se eu usei todas as roupinhas lindas da mala maternidade?

Não.

Na UTI não é permitido.

Mesmo assim, amamentei-o e tenho todos os nossos primeiros momentos guardados na memória. Um em especial: ele, com aquele soro na veia, dando sua primeira espreguiçada em meu colo, após uma longa mamada. Estava feliz e satisfeito.

Após a alta da UTI, ficamos mais 3 dias no hospital por icterícia e necessidade de banho de luz.


Finalmente, após 6 dias de internação, fomos pra casa.

Fase pós parto: dolorosa

Tive uma complicação no meu pós-parto: meu útero não voltava ao normal.

Depois de muito sangramento e cólicas que não passavam, fui internada para fazer uma curetagem, que acabou com uma perfuração no útero.

Resultado: mais 3 dias internada e com muito medo de que tivesse que me submeter a uma nova cirurgia. Graças a Deus não foi necessária e o útero normalizou.

Digo que essa fase foi dolorosa porque fiquei 3 dias sem ver meu filho por conta da internação e depois mais 15 dias sem poder pegá-lo no colo em pé.

O meu puerpério não foi diferente de qualquer outra mãe:

medo, ansiedade, dor do parto, choro, choro e mais choro debaixo do chuveiro. E fora dele também, bem explícito para quem quisesse ver e ouvir.

Fase amamentação: a mais difícil

Tive muita, mas muuuuuita, dor para amamentar.

Cada mamada era regada a choros. Dele, de fome. Minha, de dor. 

Após 4 idas ao Banco de Leite; a suspensão do peito por vários dias, porque o bico não cicatrizava; a visita de uma doula para acompanhar a amamentação; consultas com especialista; consegui vencer as dificuldades. 

Porém, como nem tudo são flores, Joaquim se acostumou à "sondinha" que usou em nossos nos dias em que não pude amamentar e apareceu o medo do desmame.

Mas com muuuuuuita persistência (as pediatras chamam ele de "guerreiro"), ele voltou a amar mamar somente no peito.

Fase cólica e refluxo: choro por todos os lados

Meu pequeno sofreu cólicas severas. Absolutamente nenhum remédio aliviou a sua dor. Somente após os 3 meses e meio veio o alívio.

Joaquim chorou insanamente nesse período.

Só quem presenciou sabe o que é o desespero por ver um bebezinho chorar o dia inteiro.

Ainda, no meio do caos da cólica, veio o refluxo, que, somado a dor, o deixava irritado e sem ganhar peso adequado. 

O refluxo felizmente pode ser tratado com remédio - e ainda está sendo, e já houve uma considerável melhora. 

Fase Introdução Alimentar: um sucesso


Devido à falta de ganho de peso adequado pelo refluxo, as pediatras optaram por iniciar a Introdução Alimentar já aos 4 meses. Joaquim aceitou suuuuper bem os alimentos e já começou a engordar ! Bate aquele pratão e faz aqueeeeela bagunça!

Resumo da minha maternidade: muita persistência, paciência, falta de paciência, estresse, choro, muuuita ajuda da minha mãe, irmã gêmea, marido, toda família e do grupo pós parto.

E principalmente muito amor e alegria de ver meu Joaquim lindo, feliz, saudável e muito amado.

Se eu passaria por esses percalços novamente? Com absoluta certeza, pois nada é mais completo do que ter meu filho em meus braços!

Não posso deixar de falar do Bóris, nosso cachorrão! Uma de suas diversões era avisar, quem estivesse em casa, que Joaquim havia começado a chorar. Como se ninguém estivesse ouvindo os berros, rs!

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